Ministrante - Prof. Dr. Benjamin Rodrigues Ferreira Filho (UFMT)

Resumo: Portugal, em fins do século XV, está totalmente comprometido com a chamada expansão marítima. O Cabo das Tormentas já foi dobrado e o caminho marítimo para as Índias já foi descoberto. Em 1500, uma frota, que se dirigia para portos indianos, antes de alcançar a sua meta, chega à terra que futuramente será chamada de Brasil. O relato do “achamento” dessa nova terra, logo denominada Terra de Vera Cruz, encontra-se na carta que Pero Vaz de Caminha, escrivão da expedição, compõe para o rei Dom Manuel I. A política nacionalista portuguesa prima por considerar apenas a glória da aventura marítima/imperial. Neste trabalho, consideramos, pelo contrário, os tormentos e os desastres da navegação portuguesa e verificamos em que medida as “lágrimas de Portugal”, vertidas justamente pelas catástrofes que formam a história do Império Lusitano, constituem o sal do mar. O título do trabalho, obviamente, inspira-se nos famosos versos de Fernando Pessoa (“Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal!”, do livro Mensagem), que indicam a nota de sofrimento demandada pela história.

Palavras-chave: história; Portugal; Brasil; navegação; naufrágios.